O Reservatório de David Duchovny
Em um post passado, eu falei que estava lendo dois livros ao mesmo tempo. Mas um livro era um livro de escritos, sem uma história e o outro, uma história e tal. Como eu fiz um post sobre um desses, o Meditações, achei que O Reservatório do ator-escritor-músico e sei lá mais o que David Duchovny, tinha que ganhar um post aqui.
No livro, vamos acompanhar a história de Ridley, um homem de certa idade que mora em um apartamento que dá vista para o Central Park. Está na época da pandemia, e ele era acostumado com a bagunça da cidade. No isolamento, ele busca o que fazer e decide gravar vários time lapse da vista que tem. Até que um dia ele nota algo piscando nas filmagens, como se fosse código morse.
Bom, eu fui meio com a expectativa alta. Isso porque eu gosto do ator. Eu era viciado em Californication e nessa série ele interpretava Hanky Mood, um escritor, com problemas com sexo e drogas. Até que um belo dia, eu topei com o livro dele chamado Holly Cow e lembro que tinha gostado. Diante da premissa acima, eu pensei talvez seja o mais perto que a gente do mundo real possa ter de algo que Hank Moody escreveria e imaginava uma escrita rápida, ácida e com muitos diálogos. Só que não foi o que tive.
O livro contém 112 páginas e parecia ter umas 250. Como não tinha muito diálogo, a história parecia pra mim, meio truncada. Não foi difícil, só meio arrastado mesmo. Talvez, como um conto, funcionaria melhor, não sei. Ainda assim, não achei o livro ruim. O desfecho me agradou. Ver um personagem meio que enlouquecendo, como foi com todos nós diante do isolamento, foi bem interessante. Parecia que o autor sabia exatamente como descrever o que todos sentiam em forma de uma história.
Eu tenho problemas quando um livro não tem muito diálogo. Foi assim com A Trama. Mas talvez super funcione para outras pessoas. Digo que vale a pena tentar, até porque o livro é curtinho. E se você tem assinatura do Kindle Unlimited, aproveita que ele está no catálogo. E a minha vilã pessoal, foi também a expectativa que eu tinha. Pensei ser uma coisa e era outra. Não ruim, mas diferente do que imaginei.
No mais, mais um livro para saga de leitura. E já comecei mais dois livros: Devoradores de Estrelas(ficção científica) e Coisas frágeis(livro de contos). Espero que dê certo.