Pensando pensamentos

Mais um domingo

Esqueci completamente que já saiu na locadora do Perigo - acho que não preciso explicar, pois acredito que todo mundo viu Todo Mundo Odeia o Chris - o filme John Wick 4. Lembrei por causa de uma postagem no Twitter, de uma pessoa que sigo. E eu fiquei o dia inteiro pensando no que assistir. Eu ia ver assim que lembrei, porém Kath foi dormir. Tadinha, ela estava bem cansada então vou esperar ela descansar para dar play.

Essa parada de não saber o que assistir, está atrelada a outra coisa: a famosa e famigerada bad. Bom, eu não estou mais tão assim na bad. Mas ando um pouco ainda desanimado. E tenho alguns motivos para isso e vou escrever aqui. Porque escrever tem me feito muito bem. Pode acreditar, um tempo atrás eu iria revirar os olhos completamente para qualquer coisa sobre isso. Escrever para não enlouquecer ou qualquer coisa parecida com essa vibe mais coach, eu iria revirar os olhos na velocidade da luz. Mas a verdade é que sim, é bom. Principalmente quando você não tem muito com quem conversar ou sente que está soando repetitivo nos seus problemas. Então, escrever, nem que seja reviews de cd, série ou filme, já ajuda pra caramba.

Eu tenho escrito aqui de forma mais divertida e despretensiosa. E realmente não estou tão ruim quanto antes. Eu sou assim, não quero viver sempre sério então busco sempre deixar o clima mais leve. Parte dessa bad vem do fato de não conseguir emprego. Tantas coisas que precisava fazer e no momento não posso. E também estou assistindo muitos vídeos sobre guitarra. Eu gosto muito de rock/metal e sempre quis aprender. Claro, em um tempo eu tive oportunidade e não investi. Só que não está tarde, logo, fico ansioso para ter uma guitarra, pedais e efeitos no pc para começar aprender e brincar. Mas por hora, não dá. Isso causa um pouco de frustração e fico mais na vontade ainda. E eu sei que as coisas, com o tempo, se ajeitam. Até uns 4 anos atrás eu não tinha um pc legal, e hoje sim. Eu não tinha mesa para pc, não tinha ar condicionado. E hoje eu tenho. Então, só resta mesmo correr atrás e com o tempo, tudo se ajeita.

A outra parte foi a questão de amizades. Essa um pouco mais complexa. Eu sou um tipo de cara que estou aqui para você. Porém, fico muito chateado quando o inverso não ocorre. E ver pessoas que não interagem comigo nas redes sociais, mas com completos estranhos sim, e ainda estão para cima e para baixo, me chateou MUITO. Eu cheguei a deletar - temporariamente - minha conta do Twitter e do Instagram. Mas voltei porque em uma eu recebo bastante notícias, principalmente de cinema. E na outra recebo memes da Kath e tal. Eu sei que de primeira pode-se pensar que estou sendo radical. Mas acredite, não é a primeira vez que isso ocorre. E sabe quando você está aqui para ouvir e confortar todo mundo e quando você quer só conversar e falar, parece que está atrapalhando as pessoas? Enchendo o saco? Então.

O exercício que tenho feito muito é tentar olhar o que tenho, pois temos tendências a sempre querer mais achando que temos pouco. Nisso, notei que tenho amizades excelentes. Tenho um amigo que trabalha, tem 2 filhos e ainda faz faculdade. E sempre está me mandando algo tosco ou me ouvindo nas minhas bad; também tenho uma amiga que rala pra cacete sendo professora e coordenadora e sempre estamos nos comunicando. Seja filme que está saindo ou futebol - graças a ela, eu voltei para sofrer pelo meu Vasco - e várias e várias coisas, desde as mais bestas quanto as mais sérias.

E começando a me sentir bem, voltei para o Twitter e achei um carinha que faz cover de Royal Blood e outras bandas. Nisso, a gente vai interagindo e zoando aqui e ali. Carinha tem 19 anos e manja já de uns rock e é maneiro trocar ideia. Cês percebem? Mesmo ainda um pouco desanimado, as coisas melhoraram só pelo fato deu não ficar focando em um problema. E sim tentar olhar para o que já tenho em minha vida e tentar valorizar isso. As vezes a gente perde tanto tempo ligando demais para coisas que devem ser deixadas para lá, que esquecemos em olhar o que já temos e cuidar de nós.

O cursinho me ajudou bastante. Me animou, me deixou em uma rotina que sair segunda, quarta e sexta de casa já ajuda. Não sei como vai ser ao final do curso, mas vou tentar desempenhar o máximo que conseguir lá, pois quero esse peso no meu currículo para ajudar em meu futuro. Quanto as amizades, as vezes, precisamos deixar ir mesmo e focar em quem está com a gente. Com quem se importa conosco.

Esse papinho de amizade com baixa manutenção é uma desculpa esfarrapada que usam muito hoje em dia, para não querer falar contigo - e quase sempre por não precisar de você. Então por que deveríamos dar nossa total atenção para isso? No meu caso, eu não odeio as pessoas que me fizeram essas coisas. Mas elas vão perceber, uma hora ou outra, que perderam um grande amigo. Um amigo para todas as coisas. E acredite, não terei prazer nenhum nisso, porém cuidar de mim mesmo exige prioridade - coisa que aparentemente nunca fui para algumas pessoas.