Pensando pensamentos

Assisti, finalmente, ao filme Godzilla Minus One

Depois de esperar por meses e meses, consegui assistir ao filme Godzilla Minus One. Não graças a pirataria, pois ela não é mais a mesma. Assiste porque, do nada, o filme ficou disponível na Netflix.

Então, tratei de, assim que disponível, dar o play. E que filme! A começar pela história: vamos acompanhar a vida de um kamikaze que estava com medo e não contribuiu com sua função na guerra. Quando ele vai para a ilha reparar o avião que ele diz estar com defeito, o Godzilla aparece na ilha e destrói quase tudo deixando poucos sobreviventes.

Então vamos acompanhar durante o longa, os traumas das pessoas diante da guerra, da busca por emprego, dinheiro e reconstruir seus lares e vidas. E no meio disso tudo, eles vão ter que lidar com o monstro. E que monstro!

O Godzilla geralmente é retratado como algo da natureza, algo que foi criado a partir de determinadas ações da humanidade. Aqui, ele parece ser só uma ação da natureza, puramente isso. E isso faz com que ele seja assustador, pois ele parece querer controlar territórios e ninguém sabe muito bem como lidar com ele. E quando parece que os humanos vão conseguir lidar com o lagartão, ou ele se regenera ou ele solta um raio atômico super poderoso onde a onda de impacto já é capaz de destruir uma cidade.

Gostei como o filme dá a entender também que o Godzilla estaria perseguindo o personagem. Isso causa mais medo ainda, pois é como se para onde o personagem kamikaze for, ele iria atrás. Ou seja: uma alegoria de que fugir das coisas que precisamos encarar, não é a solução.

Depois de tantas adaptações, é interessante ver os caminhos que um autor e diretor conseguem dar para um monstro da cultura pop. Como consegue dar uma história interessante e também apavorante para algo já tão explorado por muitos anos. Acredito que vai ter um "Minus Two" por ai, e já estou ansioso para ver.